quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Reboco de parede

Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final.
O reboco (acredita-se que do árabe "rabuq") é um tipo de argamassa com que se alisam as paredes, preparando-a para receber a cal ou a pintura.
Em cerâmica, também denomina a substância com que se reveste o interior de um vaso, impermeabilizando-o.
Mais recentemente, os revestimentos exteriores dos edifícios têm sido objecto de grandes inovações.
Entre elas existe o reboco térmico pelo exterior que visa eliminar as pontes térmicas formadas pela existência dos elementos estruturais, tais como pilares e vigas.
O reboco dá proteção externa às paredes, sejam elas de que material forem – tijolo comum, tijolo furado, bloco de concreto, etc – evitando infiltrações da chuva que porventura possam vir a prejudicar a vida útil do material e o aparecimento de mofo por exemplo.
fonte:abcp

Características
O reboco, ou emboço como preferem alguns, é o revestimento que irá determinar o acabamento de uma obra.
Os rebocos só deverão ser executados depois da colocação de peitoris e caixões de portas e janelas.
A espessura do reboco não deve ultrapassar a 10 mm.
Deverá ser executado com argamassa 1:2:6 cimento, caulim e areia fina, devidamente camurçado.

O reboco mais comum
Reboco (massa fina). Esta camada deve ser o mais fina possível
1 lata de cimento
2 latas de cal
9 latas de areia fina peneirada
Rendimento por lata de cimento 35 m² parede
Obs.: a lata de medida deve ser de 18 litros

Revestimento
O revestimento de uma parede é constituído por três camadas (chapisco, emboço e reboco).
- O chapisco é necessário para promover a aderência do emboço, evitando que o mesmo se solte.
- O emboço é a camada de regularização da superfície, não devendo ser superior a 2cm.
- O reboco tem pequena espessura, sendo uma camada fina que serve para preparar a superfície par receber o acabamento final, lixamento, tinta base e pintura.
O chapisco serve neste caso para promover uma melhor ligação entre as partes e evitar o descolamento.
Quanto maior for o contato das argamassas com o substrato de superfície rugosa, melhor será a ancoragem, e portanto, uma boa resistência de aderência.

Aplicação

1- Aplique uma camada de 3mm a 5mm de espessura, com uma desempenadeira adequada (madeira ou PVC). No caso de aplicações com Reboquit Quartzolit...
2- ...o acabamento deve ser feito com o material ainda úmido, o qual deverá ser desempenado com desempenadeira adequada de madeira ou PVC...
3 - …a seguir feltrado (camurçado) com desempenadeira munida de feltro ou espuma de borracha.
fonte: Quartzolit

Por que toda essa importância dada ao reboco?
Porque é ele quem esconde todos os defeitos (erros) que comumente aparecem no levantamento das alvenarias.
Experiências mostram que o traço (receita) mais indicado para rebocos externos e/ou internos é 1:2:9 (cimento:cal: areia média lavada) + aditivo impermeabilizante no caso das paredes externas.Recomenda-se que o primeiro item a ser levado em conta, não seja o preço mas sim a origem e qualidade da areia.Não devemos esquecer que o barato sai caro, principalmente na questão dos rebocos. Quem já teve que refazer rebocos por causa desses defeitos, sabe muito bem o transtorno que é. E quanto custa.
Ele serve também para dar proteção externa às paredes, sejam elas de que material forem – tijolo comum, tijolo furado, bloco de concreto, etc – evitando infiltrações da chuva que porventura possam vir a prejudicar a vida útil do material e mesmo prejudicar a saúde do morador.Em virtude disso é muito importante dar o devido cuidado à execução do reboco. Principalmente na dosagem dos aglomerantes (cimento e/ou cal) e na qualidade dos aglomerados (areia em suas diversas granulometrias).Um reboco com muito cimento, é um reboco muito rígido, pouco flexível, pouco elástico o que pode vir a causar micro fissuras, dando o aspecto de mapas. É preciso saber dosá-lo para evitar essa patologia.Se o reboco tem pouca cal também pode apresentar o mesmo tipo de patologia acima descrita. Daí a necessidade de saber combiná-la adequadamente com o cimento.A areia usada também influencia na resistência e no aspecto final do reboco. É preciso tomar muito cuidado com as areias saibrosas, que provocam o mesmo tipo de patologia: fissuras do tipo mapas com posterior desagregação da massa. Mas não devemos descuidar-nos das areias lavadas, pois elas necessitam de algum material (aglomerante) que lhes dê suficiente liga a fim de que possam ser utilizadas sem nenhum inconveniente.Outro item importante é o aditivo utilizado para evitar a penetração da água da chuva, ou seja, o impermeabilizante indicado para essa função. Esta questão nem sempre é levada a sério e a conseqüência imediata é o aparecimento de manchas de umidade internamente e desagregação do reboco externamente.
fonte: Crea-MT

domingo, 23 de novembro de 2008

Telhado

Dicas sobre telhados:
Para calcular a inclinação, meça a extensão horizontal entre a parte mais alta do telhado e a extremidade da cobertura, incluindo os balanços; multiplique o valor por 0,35 e o resultado será a altura mínima da cumeeira, em relação ao ponto mais baixo do telhado. 35% significa que para cada metro na horizontal, o telhado deve subir 0,35m na vertical.
Ao calcular a altura, lembre-se de considerar a altura da caixa d'água, caso a mesma esteja sob o telhado: deixe ao menos 0,30 m no ponto mais próximo da tampa, para poder fazer a manutenção.
Em regiões úmidas e ou quentes, preveja a ventilação entre a laje ou forro e o telhado: além de melhorar o conforto térmico, evita a formação de fungos. Use uma tela para evitar a entrada de insetos e pequenos animais.
Em regiões muito frias, sujeito a neve e geadas, evite o uso de telhas vitrificadas, pois o revestimento tende a retalhar com o frio.
Evite usar telhas feitas com cerâmica branca, pois sua vida útil é menor do que as telhas feitas com cerâmica vermelha, as quais são um resultado de uma perfeita mistura de três argilas: uma forte, uma mais fraca e a terceira que tem função de dar liga.
É recomendável a impermeabilização das lajes, sob os telhados: protegida, essa impermeabilização durará mais tempo e é uma garantia contra vazamentos de caixas d'água, transbordo de calhas e eventuais tempestades que desloquem as telhas.
A qualidade do serviço de carpintaria é vital para um telhado: se não houver precisão nas medidas e ângulos, não há telha que possa arrumar.
A qualidade da madeira também é vital: madeira úmida ou verde tende a vergar demais sob o peso das telhas.
Nunca ande sobre o telhado: as telhas tem pouca resistência para isso, e com o tempo tendem a ficar quebradiças.
Compre sempre 10% de telhas a mais, deixando-as guardadas sobre a laje, para eventuais reposições: telhas da mesma fornada se encaixam melhor que as de fornadas diferentes.

PORTUGUESA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,5 Kg por peça
Inclinação Mínima: 30%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Esmaltada (21 cores), natural e branca.

TELHA ROMANA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,4 Kg por peça
Inclinação Mínima: 26%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural e esmaltada em diversas cores

TELHA ROMANA PLAN:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,4 Kg por peça
Inclinação Mínima: 26%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural e esmaltada

TELHA AMERICANA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 12 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 3,1 Kg por peça
Inclinação Mínima: 38%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Branca e malhada

TELHA AUSTRALIANA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,4 Kg por peça
Inclinação Mínima: 36%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

TELHA FRANCESA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,4 Kg por peça
Inclinação Mínima: 36%
Inclinação acima de 80%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

TELHA ITALIANA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 14 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 3,1 Kg por peça
Inclinação Mínima: 30%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor:

TELHA GERMÂNICA: Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 32 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 1,6 Kg por peça
Inclinação Mínima: 45%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural e esmaltada

TELHA URUGUAIA: Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 30 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 1,6 Kg por peça
Inclinação Mínima: 45%
Inclinação acima de 50%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor:

TELHA HOLANDESA: Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: x telhas por metro quadrado de telhado
Peso: x Kg por peça
Inclinação Mínima: x%
Inclinação acima de x%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor:

TELHA PLAN: Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 27 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2 Kg por peça
Inclinação Mínima: 27%
Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

Colocação das telhas:
OBS.: Nas telhas Plan, as extremidades dos canais não podem ficar juntas, devem ficar a uma distância de aprox. 1" (uma polegada).

TELHA COLONIAL PAULISTA (c/ trava): Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 22 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,2 Kg por peça
Inclinação Mínima: 30%
Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

TELHA COLONIAL PAULISTA (grande): Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 3 Kg por peça
Inclinação Mínima: 25%
Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

TELHA COLONIAL PAULISTA: Especificações

Material: Cerâmica
Quantidade: 26 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2 Kg por peça
Inclinação Mínima: 25%
Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural

TELHA TÉGULA: Especificações

Material: Argamassa
Quantidade: 10,5 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 4,7 Kg por peça
Inclinação Mínima: 30%
Inclinação acima de 96%, recomendamos furação para fixação das telhas. Espaçamento entre ripas de 32cm.
Cor: Cinza pérola, cinza grafite, vermelho cerâmica, bege colonial, bege damasco e cristal.

TELHA CRAVILHADA:
Especificações
Material: Estrutura em aço revestido em Zinc-Alum, base acrílica e cravilha.
Quantidade: 1,51 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 5,85 Kg por m2
Inclinação Mínima: 20%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Granilha nas cores terracota, bordô, verde e preto.

TELHA CUMEEIRA PAULISTA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 3 telhas por metro linear
Peso: 2,5 Kg por peça
Cor: Natural

TELHA CUMEEIRA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 3 telhas por metro linear
Peso: 2,5 Kg por peça
Cor: Natural
ESCOLHA SUA TELHA
No mercado existe uma série de alternativas. As telhas de barro cozido podem produzir cobertura do tipo marselha ou francesa, colonial, paulista, paulistinha ou plan. Já as de fibrocimento desenvolvem coberturas em placas onduladas, calheta ou canalete, meia-cana. As metálicas podem desenvolver em alumínio (marselha e ondulada), cobre - placas lisas - ferro em chapas dobradas e zinco em placas onduladas. Há coberturas em madeira, plástico ou PVC, em vidro que produz coberturas do tipo marselha e paulista, em concreto e, por último, em pedra natural como a ardósia. Você viu acima alguns tipos de telhas com as suas respectivas características e quantidades por metro quadrado:
TELHA CUMEEIRA PAULISTA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 3 telhas por metro linear
Peso: 2,5 Kg por peça
Cor: Natural
TELHA ROMANA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,4 Kg por peça
Inclinação Mínima: 26%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Natural e esmaltada em diversas cores
TELHA PORTUGUESA:
Especificações
Material: Cerâmica
Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
Peso: 2,5 Kg por peça
Inclinação Mínima: 30%
Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
Cor: Esmaltada (21 cores), natural e branca.
Escolha sua telha
No mercado existe uma série de alternativas. As telhas de barro cozido podem produzir cobertura do tipo marselha ou francesa, colonial, paulista, paulistinha ou plan. Já as de fibrocimento desenvolvem coberturas em placas onduladas, calheta ou canalete, meia-cana. As metálicas podem desenvolver em alumínio (marselha e ondulada), cobre - placas lisas - ferro em chapas dobradas e zinco em placas onduladas. Há coberturas em madeira, plástico ou PVC, em vidro que produz coberturas do tipo marselha e paulista, em concreto e, por último, em pedra natural como a ardósia. Você viu acima alguns tipos de telhas com as suas respectivas características e quantidades por metro quadrado

sábado, 22 de novembro de 2008

Alvenaria estrutural

Quando comparada ás formas tradicionais de construção, a Alvenaria Estrutural é uma alternativa que permite a redução de até 40% do custo total das obras habitacionais e comerciais.
As vantagens são comprovadas em todas as etapas da construção.Enquanto os processos tradicionais de construção envolvem o cumprimento de etapas que, além de mais tempo, exigem a utilização de um número maior de materiais, o Sistema Construtivo casas em alvenaria estrutural fornece soluções rápidas e práticas que reduzem significativamente os custos finais da construção, evitando desperdícios de material e excesso de mão-de-obra. Observe:

Sistema construtivo de alvenaria estrutural:

Etapas:
1 - Construção das paredes em blocos cerâmicos estruturais, substituindo colunas e vigas de concreto armado.2 - Aplicação dos revestimentos com baixas espessuras:
Nas paredes externas, pode-se aplicar massa tradicional ou optar pela aplicação direta nos blocos, que já vem coloridos e impermeabilizados.
Nas paredes internas, onde não haja azulejos, pode-se aplicar gesso diretamente sobre os blocos e obter um acabamento liso para a pintura.
Sistema convencional:

Etapas:1 - Fabricação das colunas e vigas.2 - Confecção de fôrmas de madeira.3 - Barras de ferro de diversas formas e espessuras.4 - Concreto para preencher as fôrmas de madeira.5 - Retirada das fôrmas e escoramentos só após o mínimo de 20 dias.6 - Construção das paredes com tijolos ou blocos.7 - Aplicação de chapisco, massa grossa e massa fina para a execução do revestimento.

Fundação

Fundação
O tipo de fundação será definida no projeto em função do tipo de solo, cargas atuantes e solicitação dos esforços estruturais. A fundação pode ser direta ou indireta. Direta é aquela colocada imediatamente abaixo da parte mais inferior da super-estrutura, onde as pressões se transmitem pela base, diretamente ao terreno de apoio, sendo desprezível a parcela correspondente à transmissão pelo atrito lateral. Indireta será usada quando o solo resistente se encontrar distante da superfície, ocasião em que as cargas estruturais serão transferidas para os solos de maior capacidade de suporte situados em maiores profundidades, por meio de fundações, ditas, profundas ou indiretas. Para definir a melhor opção é indispensável a execução da sondagem.
Tipos de fundaçao
  • alicerce
  • sapata corrida
  • sapata isolada
  • radier
  • broca
  • estacas strauss
  • estaca pré-moldada de concreto

Execução
Na execução das fundações em superfície, o executor não deverá limitar-se rigorosamente à profundidade prevista em projeto; a escavação será levada até a cota onde o terreno apresente resistência suficiente.
Antes do lançamento do concreto para confecção dos elementos de fundação, as cavas deverão ser cuidadosamente limpas, isenta de quaisquer materiais que sejão nocivos ao concreto, tais como: madeiras, solos carreados por chuva, e outros.
Em caso de existência de água nas valas de fundação, deverá ser efetivado seu total esgotamento, não sendo permitida a concretagem, antes desta providência.
O fundo da vala deverá ser recoberto com uma camada de brita de aproximadamente 3,0 cm e posteriormente , com uma camada de concreto magro de pelo menos 7,0 cm de espessura.

Introdução


História da engenharia civil no Brasil A Engenharia Civil juntou seus primeiros tijolos, no Brasil, no período colonial, com a construção de fortificações e igrejas. Somente em 1808, com a chegada da família real e a fundação da Real Academia Militar do Rio de Janeiro nasceu a primeira escola de engenharia brasileira. Quem fazia trabalhos nessa área, naquela época, era denominado engenheiro militar, embora não exercesse a carreira militar.É tarefa do engenheiro civil construir casas, prédios, pontes, barragens, abrir estradas e canalizar rios e córregos. Atuando sempre em parceria com outros profissionais, como o arquiteto, o topógrafo, o geólogo e o engenheiro de agrimensura, o engenheiro civil precisa também de conhecimentos técnicos de hidráulica, eletricidade, telefonia, transporte, entre outros, além de habilidade para administração e gerenciamento.Sua rotina inclui o corre-corre diário entre a obra e o escritório, horas de desenho sobre a prancheta ou na tela do computador. Além dos cálculos, ele também deve dominar o universo de materiais, produtos, equipamentos e técnicas usados em obras civis. Conhecido por atuar em construções, o engenheiro civil tem espaço, ainda, nos setores auxiliares: drenagem, concretagem, pintura, topografia, dragagem e montagens industriais – construções para equipamentos industriais.Na área urbana, o déficit habitacional do Brasil, que chega a dez milhões de unidades, mantém a construção de moradias entre as opções mais atraentes – mesmo nos grandes centros urbanos e em especial para a população de baixa renda. Mas um dos setores mais prósperos é o de auto-estradas, por conta das recentes privatizações. “O Brasil tem aproximadamente 100 mil km de rodovias pavimentadas, o que representa um déficit de 900 mil km”, informa João Virgílio Merighi, da Escola de Engenharia Civil da Universidade Mackenzie.Como nos demais ramos da engenharia, a Civil se potencializa cada vez mais em virtude dos avanços tecnológicos. Portanto, é fundamental que, tanto o aluno quanto o profissional em início de carreira façam cursos de atualização. Wilson Lang, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), ressalta que as escolas brasileiras ainda estão muito atreladas ao ensino convencional. “Hoje, o aluno deve ter noções de marketing, sociologia e comunicação, para atender às exigências do mercado”, conclui Lang. Os veteranos também ensinam que, ainda que seja tentador permanecer somente na produção, o profissional não deve se contentar em ser apenas um “tocador de obras”, pois no espaço de cinco anos estará totalmente ultrapassado e terá grandes chances de ser substituído por outro iniciante. O salário inicial da categoria varia entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil.